Mal de alzheimer

O mal de alzheimer - perda de memória, declínio no desempenho das tarefas diárias, diminuição do senso crítico, mudança na personalidade, desorientação tempo-espaço - antecede ao próprio nome, em homenagem ao alemão Alois Alzheimer (inicio século passado), mas se agravou nos últimos 30 anos, por causa da sobrecarga de trabalho, emoções  e informação mal processada ou excesso de alguns medicamentos. 

Atinge mais mulheres que homens e os menos letrados que os mais cultos. Chega a 9% entre os velhinhos (acima 65 anos) na Europa, 7% na América e 5% na Asia, em números redondos. As mulheres fazem a  expressiva maioria dos casos, que talvez se justifique pela perda de sangue ( menstruações irregulares, sangramentos uterinos, tensões, maior quantidade de cirurgias, menopausa precoce) de lenta ou pouca recuperação.

Os medicamentos mais prescritos, vindos da indústria química  ( donepezil, rivastigmina ou exelon, galantamina,etc) induzem, quase sempre, à diarréias, perda de peso ou massa muscular e até tremores. Ajudam em curto prazo,  provocando, em médio prazo, fraqueza nos rins, justamente a causa que precisa ser cuidadosamente tratada.

Para a medicina tradicional chinesa não se trata de problema neurológico para que seja tratado por neurologistas e psiquiatras, eis que na maioria dos casos não há lesão cerebral, mas dificuldade de funcionamento neurológico (pouco sangue, fluídos ou sangue grosso).

A causa primária está na fraqueza dos rins (que produz medula, ossos e cérebro), tanto que não afeta jovens, mas aqueles que trabalharam muito e longamente, viveram sob tensão, adotaram antibióticos, anti-inflamatórios ou remédios para dores e diuréticos por mais que dois anos (tiazidas,  estatinas ou prazóis, por exemplo).

A causa secundária é que a fraqueza dos rins  atinge  o coração, órgão controlador das atividades mentais, o qual generaliza as funções do cérebro. O espírito, a consciência, a  memória, o raciocínio e o sono são todos dominados pela função do coração (neto dos rins).

Reforço dos rins, da qualidade do sangue e calma ao coração (alimentação e algumas ervas medicinais)  produz boa recuperação  ou evita a progressão do esquecimento.

Não perder de vista que boa dose de esquecimento, na velhice, é normal e faz parte da seletividade que o cérebro realiza. Selecionando o que se deve memorizar,  permite descanso e conservação.  Esquecer óculos, chave do carro, do leite ou água postos a ferver, é normal. Não o é quando esquece que usa óculos ou não sabe mais os locais antes frequentados  por várias vezes.

A paciência  dos familiares com as limitações, normais ou não,  o respeito ao habitat físico ou  sócio-cultural, normalmente perdido, ajudam muito.

Dificilmente a doença do esquecimento - o nome alzheimer é de pouca importância - atinge pessoas que têm habito de leitura. Por isso ler ( livros, jornais, a bíblia, revista em quadrinhos, etc) sem cansar,  ajuda  manter a vivacidade mental.  

Mestre Shen - 03/17