Menopausa e reposição hormonal

Menopausa e reposição hormonal – desvio da medicina (III)

 

 A menopausa é uma  situação biológica, absolutamente normal,  para as mulheres, o qual sinaliza a cessação da  reprodução, pois baixou a carga hormonal,  ocorrendo em torno dos 45 aos 55 anos de idade, embora alguns casos fora desta faixa etária. 

Todas as mulheres têm esse sintoma. Algumas – e não são poucas -  sofrem os efeitos mais perturbadores: ondas de calor e frio, alternados; calor palmas mãos, planta pés e tóraxirritabilidadeinsônia, tristeza,  etc.

A experiência clínica, adotando-se a visão da medicina tradicional chinesa, permite compreender que sobrecarga de trabalho e alimentação inadequada levaram à fraqueza dos rins ( baixa produção de hormônios), calor no fígado e estômago, ascendendo ao  coração, gerando tensão e climatério.

Por isso os sintomas acima relatados. 

Tratamento na base de boa alimentação  fortalecem rins, fígado, coração e ervas medicinais, acalmam calor do sangue, dando à mulher  vida normal, como se não tivesse ocorrido a menopausa.

Acontece, porém, que nem todas as mulheres assim compreendem e estimuladas pela propaganda (falsa)  medicinal moderna, buscam profissionais ginecologistas, os quais, irresponsavelmente, por desconhecimento ou ignorância,  prescrevem reposição hormonal ( livial  ou estradiol ), como solução milagrosa aos efeitos climatéricos.

Nem todos os profissionais da ginecologia prescrevem reposição hormonal.  Estes têm compromisso com a saúde da mulher,   bem maior que a propaganda do  laboratório ( que não é a melhor, mas que também imprime as advertências dos efeitos colaterais).

Os efeitos colaterais da reposição hormonal são devastadores no organismo da mulher, pois aumenta risco de cânceres de mama, útero e ovários, doença coronariana, acidente vascular cerebral, miomas, distúrbios trombólicos, endometriose, hipertensão, nódulos, pólipos ou tumor no fígado, frequentes dores de cabeça, pedras na vesícula, casos de demência, encobre diagnóstico de câncer coloretal, epilepsia e asma.

São frequentes as queixas desses sintomas por mulheres em reposição hormonal, como são conhecidas as situações em que mastologistas ou oncologistas, verificando nódulos nos seios da mulher, determinam a imediata suspensão do uso de hormônios químicos. 

Por isso  afirmamos que a medicina moderna, muitas vezes, não tem responsabilidade pela saúde, pois injustificável que um profissional  receite reposição de hormônio e outro, percebendo  efeitos colaterais, determine a imediata suspensão do uso.

Sabendo-se que os potenciais  efeitos colaterais são maiores que os benefícios que se almejava, não era de se proibir a prescrição e o uso?

Aumentam ainda as   proporções de efeitos deletérios  se a mulher, usuária do hormônio químico, adotar remédio anticoagulante ( varfarina, marevan, por exemplo) ou antidepressivo/ sonífero ( midazolan, diazepan, citalopram, etc). 

E para constatar  esse amplo espectro de sintomas não precisamos ir muito longe: basta ler -  com atenção e cuidado à saúde -  a bula desses medicamentos.

Aliás, nem precisaria  que o laboratório  produtor dos hormônios desse o alerta, via bula, desde que pensássemos: se os rins dizem que chega de reprodução ( daí a menopausa), reduzindo a produção de progesterona ou testosterona (  hormônio humano), configura agressão à vontade do organismo introduzir substância estranha aos rins. Por isso que vai desencadear vários sintomas, devastadores ( os tumores e canceres estão nessa linha), pois o dito conhecimento humano ( médico) sem nenhum respeito à saúde da paciente e ao seu organismo, prescreveu medicamento que a natureza deu ordens para pausar ( hormônio). 

Soa hipócrita a propaganda do mês rosa para sensibilizar as mulheres sobre a prevenção do câncer, quando as organizações médicas, apoiadas por instituições, inclusive governamentais, sabidamente contribuem, com práticas equivocadas para o surgimento dos sintomas que agora querem combater. 

Sendo verdadeiros os dados estatísticos da Sociedade Brasileira de  Mastologia, segundo os quais  aumenta em torno de 22% os casos de câncer de mama, sendo em 2010, quase 50 mil mulheres ( maior numero, proporcionalmente,  na região sudeste), não seria nenhuma demasia investigar, em ação de profissionais multidisciplinares, as causas dessas ocorrências e dos casos verificados, qual o percentual de usuárias de reposição hormonal, para estabelecer a proporção benefício/malefício.

Só assim, a prevenção e o tratamento serão sérios e confiáveis. Do contrário, não passa de jogo de interesse, em benefício da indústria farmacêutica (hipótese mais provável?), sem que profissionais médicos tenham compromisso com a verdadeira saúde da mulher.

O FDA - similar à nossa Anvisa - recomenda reposição hormonal apenas para alívio dos sintomas vasomotoes e em menores doses possíveis, após sopesamento dos ricos e benefícios.

E a medicina brasileira  vai coninuar na lógica do mercado, sem medir consequências? 

É o entendimento,

Caxias do Sul, 21 de abril de  2015

 Mestre Shen

Sinaten 01895