ANEMIA – LEUCEMIA

ANEMIA – LEUCEMIA – e os desvios  da medicina (I).

Um jovem ( nome que omitimos) , morador  de Bento Gonçalves - RS, com 21 anos de idade, se debate, através das redes sociais e do Poder Judiciário, na busca de  recursos financeiros para colocação de próteses (importadas)  nos  joelhos e cotovelos, haja vista que possui, segundo sua narrativa e laudos médicos, osteoporose crônica, osteonecrose  e escoliose (encurtamento dos ossos,  provocando muita dor).

Relata em seus pedidos que desde 2007, quando diagnosticado com leucemia linfoblástica aguda tipo T, nunca mais cessou o tratamento médico, consistente em quimioterapia, radioterapia, transplante de medula óssea, seguidas de pneumonia e tuberculose.   

A luta do jovem pela sobrevivência é digna, merece ajuda e incentivo.

Porém, o foco  do tratamento médico está equivocado.

Trazemos e tratamos deste assunto, publicamente, porque as questões da saúde e  tratamento tornaram-se publicadas por ele, na internet e em ação judicial  que tramita na Comarca de Bento Gonçalves – RS, com pouca chance de sucesso ( proc. 1.13.0000449-1, 2ª Vara Cível), já julgado, em seu desfavor, pelo Tribunal de Justiça ( proc. 70061731022,4ª Câmara Cível).

A luta pela vida que é heroica, fica  quase em vão ou de pouco resultado.

Pode  melhorar ou corrigir o  rumo do tratamento.

É que seu tratamento está baseado em equivocada informação médica ( e não é deste ou daquele, mas do conjunto que o atendeu), pois a colocação de próteses é mero paliativo e de curta duração. Não impedem a perda da massa óssea e encaminham para sucessivas trocas do material.

Isto porque o avançar da idade ( e ele é muito jovem, nem chegou no pico,38-40 anos ) leva à perda de consistência óssea, natural em qualquer ser humano e as próteses não se flexionam para acompanhar essa redução.

Existe, aliás,  divergência entre o médico que orientou a colocação de prótese e o médico perito, nomeado pelo Tribunal de Justiça. A perícia entende inoportuna a colocação de prótese e sem razão científica a exigência de material importado ( por que opção por importados?).

Logo, se percebe, sem muito esforço, que a medicina  o trata com erro de fundamentação ou de percepção sobre as causas da doença ( leucemia e suas consequências) e persiste no mesmo erro ao recomendar tratamento protético de duvidosa ou incerta eficácia.

Ainda, a medicação de uso contínuo, é contraditória nos seus efeitos.

O primeiro erro médico é não tratar as causas da leucemia. E não se acusa os profissionais de negligentes ou imperitos, mas da formação acadêmica, quase dogmática – tratam organismo em estado de repouso e separado, nas suas partes -   o que não lhes permite  um olhar  mais amplo ( compreender o organismo como um todo, em permanente movimento de ação e reação). A visão fragmentária da medula solta no corpo ( sem origem, nem consequência), como tem sido analisada,  leva a experimentos fracassados.

O segundo erro, é prescrever prótese (importada ou nacional, pouco significa) para situação que exigirá substituições ( digamos, por exemplo, a cada cinco ou dez anos), sabendo-se que sangue pobre na sua composição, como são os anêmicos ou leucêmicos, não permite sobrecarga de medicação, nem cirurgias, que a colocação ou substituição exigiria.

Em linguagem mais simples e para  melhor compreensão, a anemia ocorre, normalmente, quando a produção de glóbulos vermelhos é insuficiente e, por conta disso, as células não se renovam, o sangue fica pobre, receptivo a doenças bacteriológicas,  enquanto  leucemia é a produção excessiva de glóbulos brancos, os soldados de defesa do organismo que agora atacam os aliados e as plaquetas formam a solidez do sangue ( a falta ou baixa quantidade  de plaquetas deixa muita água – plasma - no sangue, dificultando coagulação, pois muito fluído).

quantidade e qualidade do sangue para nutrir os tecidos e ossos, dependem da medula, nascida e desenvolvida pelos rins. Não se pode entender a formação da medula sem agir na boa formação dos rins. É como unha grudada na carne. A primeira depende e não vive sem a outra.

A  formação e desenvolvimento dos ossos, dentes, cabelo, audição e cérebro é exclusiva  tarefa renal.

Se os rins ( raiz) formam a medula (efeito), pergunta-se: como se  formam os rins? São formados pela  boa alimentaçãojornada de trabalho e atividade sexual regulares (sem excesso), pouco ou quase nada de antibióticos ou anti-inflamatórios,  e  se conectam, funcionalmente,  com  fígado, coração, pulmão e baço-pâncreas. Estes agem em conjunto.

A geração dos rins, por sua vez, depende, em grande parte,  da boa nutrição gerada no baço/pâncreas, cuja alimentação é recepcionada no estômago ( a víscera do  baço).

Em outubro de 2013, provocado pela Wu Xing Clínica – medicina tradicional chinesa – de Caxias do Sul, o jovem lá compareceu e o diagnóstico, através do sistema biometer,   revelou  fraqueza dos rins ( o esquerdo mais que o direito 22/100), dos pulmões (55/100), baixa nutrição(55/100), calor no sangue (fígado, 167/100)) e glicose acima do normal, 116/100 ( beirando os limites ocidentais da diabete).

Nesse quadro, novas cirurgias agravam o estado de saúde.

Constatou-se a precariedade da alimentação ( no momento, inclusive, bebia refrigerante), por não possuir orientação sobre a importância da alimentação ou a ter recebido por pessoa despreparada sobre a correta e adequada  melhoria nutricional que o caso exige.

Foi-lhe prescrita boa dieta alimentar visando tonificar rins, pulmões e baço ( tida como mais importante tratamento pela medicina chinesa) ervas medicinais para expelir excessiva umidade concentrada em algumas vísceras ( pâncreas e bexiga) e recomendado revisão, por quem prescreveu, de alguns medicamentos  da medicina moderna, em vista dos efeitos colaterais debilitarem, ainda mais, os órgãos  mais prejudicados ( fígado e  rins) e estimularem elevação da glicose.

Fazia uso corrente dos seguintes medicamentos: omeprazol, ibuprofeno, osteoprevix, azitromicina, carbonato de  cálcio, cloridrato de  prometazina, amitriptilina, codeína , acidosis e sertralina.

A prescrição medicamentosa é contraditória, porque o pretendido efeito benéfico  de alguns medicamentos anulam os efeitos de outros. Por exemplo, osteoprevix e carbonato de cálcio  para melhorar a qualidade da massa óssea (calcificadores) são eliminados ou têm efeitos mitigados pelo uso de azitromicina e cloridrato de prometazina, os quais criam depressão na medula óssea e disfunção dos rins.

Omeprazol e acidosis são usados para melhorar o metabolismo dos alimentos, por causa das baixas plaquetas, mas conduzem, em pouco tempo, às disfunções hepáticas ( dificuldade fígado e vesícula em filtrar sangue). Aí cria sintomas de  tristeza, depressão, desânimo, sintomas tratados com sertralina e amitriptilina, as quais induzem maior taxa da glicose.

Aqui se dá com uma mão – pretensão sobre efeito remédios -  e se retira com a outra – efeitos colaterais dos próprios remédios. 

Não se sabe se o jovem seguiu as orientações da medicina chinesa e nem seus efeitos, porque não mais retornou.

A colocação de próteses – e ainda se exigem importadas – é tratamento amadorístico, sem nenhum critério científico.

Não se levou em conta que os movimentos dos joelhos e cotovelos ajudam evoluir o desgaste dos componentes protéticos, dando-os vida útil limitada, obrigando a troca com certa brevidade (5/10anos).

A diferença de qualidade do material importado em relação ao nacional é apenas afirmação de mercado ou empírico, sem nenhum trabalho científico que os coloque em confronto criterioso e aferição segura.

Não se pode olvidar, também, que o prejuízo dos ossos, por deficiência da medula (diga-se rins), leva à debilidade dos músculos e tendões.

O  órgão que dá nascimento aos rins ( baço – através da boa nutrição – causa primária)  que geram  medula , é o mesmo que gera e nutre os  músculos. Os tendões sofrem prejuízo de igual modo, porque o fígado envelhece, por conta da baixa ou inexistência da essência dos rins e pela intoxicação medicamentosa.

A título de especulação – e nada mais do que isso – é pouco provável que os rins tenham absorvido a medula implantada e a partir dela gerado nova medula, fato que torna duvidoso ou ineficiente o transplante de medula (filha dos rins). Vive-se de experimentos e apenas disto.

A causa da leucemia é desconhecida, no caso em exame, mas ignorar ou não tratar a precariedade nutricional é um erro grave, eis que proporciona maior prejuízo aos glóbulos vermelhos, os quais precisam de ferro, vitaminas C, B12 e folato. Diminuindo açúcares e sódio facilita a  absorção dos nutrientes  e sua circulação nas cavernas ósseas.

Vê-se como urgente, no caso em apreço, a revisão do receituário medicamentoso e da precariedade nutricional. O tratamento mais conservador e esquecimento dos paliativos – prótese –  ajudará não só este   paciente, mas  tantos outros.

As providências até agora parecem irrefletidas  beiram a falta de compromisso com a efetiva cura e querendo ou não, se  proporciona  maior agravamento das condições patológicas (mais dia, menos dia) do que aquelas que se pretendia combater.

A medicina – e quem a pratica – deveria somar esforços, sem crenças ou apegos dogmáticos, para remover as causas das anemias e leucemias, diminuindo ou eliminando suas consequências.

Aventar a necessidade de prótese, sem esgotar recursos nutricionais (refazer estrutura óssea), é abandonar a essência da cura.

Este artigo não se pretende dono de nenhuma verdade, mas  se esforça em jogar luz numa situação -  e tantas outras -  que sobrevivem no limbo da obscuridade e da pouca cientificidade, muitas vezes à revelia ou  desconhecimento do principal interessado – o paciente.

É a modesta contribuição que podemos oferecer.

Caxias do Sul, 08 de setembro de  2014

Mestre Shen

Sinaten 01895

Wu Xing  Clinica

Em tempo: este artigo é levado ao conhecimento  dos médicos envolvidos no tratamento, ao Conselho Federal de Medicina, ao Ministério da Saúde e ao Ministério Público Federal.