Câncer

Câncer: Outubro ( não tão) rosa e novembro ( não bem ) azul

 

Diga-se, por primeiro, que à indústria farmacêutica não interessa a cura do câncer. Esgotaria a fonte  – e que fonte - de lucro.

Então, os profissionais que não se renderam à propaganda enganosa da indústria, ainda podem contribuir para a busca da cura.

Estes escritos não têm a pretensão contrária às iniciativas de semear a  prevenção de canceres, concentradas em mamas (outubro) e na próstata ( novembro), propósito deste excerto.

A iniciativa das campanhas é digna de incentivo e louvor.

Contudo,  fiquemos, por ora, apenas na iniciativa publicitária, porque o seu conteúdo segue as mesmas distorções das causas que geram os cânceres que a campanha se propõe precaver.

Ao dar as cores rosa ( mamas) e azul (próstata) em meses diferentes, já começa fazendo a discriminação sexista, qual seja, cor rosa para mulher e azul para homens, como se isto não fosse um (pré) conceito social.  

A outra distorção – e isto  soa grave – é que a chamada  prevenção fica no exame e tratamento químico, embora reconheçam os médicos  de boa-fé ( e descompromissados com a indústria)  que o câncer não é apenas uma doença, mas uma série de doenças diferentes ( vários fatores ou doenças). 

Os exames preventivos são importantes, mas não bastam por si. Se hoje não existe câncer, nada significa que não apareça mais adiante ( e aí não houve prevenção, apenas exames).

Prevenção, é mudar rotinas, criar novos paradigmas de vida  para evitar que ocorra câncer ( hoje ou mais tarde).

Se os exames diagnosticarem câncer, as cirurgias ( quase sempre desnecessárias) ou tratamento medicamentoso,  podem fazê-lo se esconder  de futuros diagnósticos. Câncer escondido nos dutos linfáticos   não significa cura. É por isso que alguns cânceres, uns assintomáticos  que se diziam ou diagnosticavam curados, voltaram anos mais tarde ( e mais agressivos). 

Não parece correto que tratamento medicamentoso por muito tempo – um ano ou mais – na base de  químicos previna ou evite câncer, mas ao contrário. Os efeitos colaterais debilitam ainda mais  o organismo que já  estava debilitado. Então os sintomas desaparecem, mas as causas subsistem para ressuscitar aqueles sintomas  que estavam escondidos. É questão de tempo.

Por isso, achamos  importante que a  prevenção ( verdadeira) e não a propalada,  aborde o significado ou causas da “série de doenças diferentes” que formam a doença chamada câncer.

Pelo mundo, ao que se sabe, existem mais 160 estudos sobre câncer ( é muito estudo e pouca conclusão), mas nenhum deles apontou causa e tratamento conclusivos.

Como existe uma “indústria do câncer” receio que boa parte desses  estudos ou publicações gostem de relatar aquilo que não funciona ou sem comprovação  ( pois aí demandará mais estudos, mais gastos, mais dinheiro) ao invés aquilo que efetivamente funciona.

Tratar paciente canceroso – na base medicamentosa – custa em média R$ 10.000,00/dia ( é muito dinheiro) e só não ganha com isto o próprio canceroso, pois os outros atores envolvidos ganham ( e muito), mesmo sabendo que mais da metade dos afetados morrem, apesar dos êxitos.

Mas se o câncer não é uma única doença – e sobre isto parece existir consenso entre os estudiosos – quais seriam as “outras doenças” que se juntam para atacar o organismo ( crescimento desordenado e caótico - do núcleo -  do grupo de células, dita cancerígenas)?

Alguém perguntou ou associou os sintomas de dores de cabeça, visão dupla, perda da visão, tromboses, diminuição da menstruação (mulheres) ou do líquido seminal (homens), quantidade de hormônios, ao uso de anticoncepcional, reposição hormonal (inclusive viagra), anabolizantes ou estimulantes ?

Alguém já associou fatores emocionais como raiva, frustração, decepção, tristeza, insegurança, medo, aos sintomas referidos no parágrafo anterior?

Três conclusões parecem corretas – e os diagnósticos de cancerosos sempre afirmam isso: o câncer é um tumor (umidade-calor); só se faz presente em organismo ácido ( sangue e  urina); e as energias vitais são baixas

Até essas conclusões nenhuma novidade.

O que sobra para a ciência – e a medicina deve zelar pelo critério científico de análise  e não pela visão dogmática – é encontrar a causa das três conclusões.

Essas respostas são  dadas mais abertamente  pela medicina chinesa: estase do xue  – quando o sangue não tem fluxo normal surge estase (estagnação, depósitos desnecessários); deficiência de qi – quando um ou mais órgão está fraco, sem energia, não consegue fazer circular o sangue e ocorre acúmulo do tan yin (fleuma, muco, catarro).

Curiosamente, no oriente existe câncer na proporção de 1/100 enquanto no ocidente  (Reino Unido) é de 1/12 e Brasil (1/10).

Quando o sangue não circula adequadamente, ocorre baixa energia dos órgãos  e formação de fleuma, em  ação/reação, sem que saibamos – pouco isto interessa – qual se dá por primeiro ou último,  verificando-se o colapso do sistema de defesas do organismo, como se o sistema imunológico estivesse preso e subjugado, eis que  não reage às necessidades de defesa dos agentes patógenos.

Isto pode ser comparado, numa dimensão menor, ao processo infeccioso (pneumonia) que ataca uma pessoa idosa ( sangue circula mal, está muito fraca e catarro em excesso). O organismo, neste caso,  tem baixa imunidade,  não conseguindo reagir para expelir o catarro e evitar nova formação de muco. Não tem energia para reagir e destruir  as bactérias que invadem o organismo. Também não assimila, nem absorve a medicação (anti-inflamatórios).

Por isso, o organismo entra em colapso e a parada cardio-respiratória ( fatal) é quase inevitável ( para não dizer  certa).

Então a ocorrência de câncer é a combinação de fatores internos (corpo) e externo ( calor, frio, toxinas vivas ou mortas, etc).

Não se  aceita, por exemplo, afirmações que o câncer, mesmo no seu início, é assintomático. Não é e tem sintomas. No mais das vezes  nossa ignorância – e dos próprios médicos – não deixa perceber os sintomas.

Vejamos alguns: lassitude, encurtamento da respiração, sudorese espontânea, tosse, perda apetite, distensão abdominal, diarreias ou edemas, palpitações, sintomas de fraqueza na região lombar e joelhos,   insônia, sono agitado, amnésia, zumbido ouvido, adormecimento mãos e pés, secura boca, constipação e urina concentrada, febre vespertina, secura nos olhos, tosse seca ou com expectoração, irritabilidade, eructações, eliminação de sangue.

Tratamento: honestamente pouco valem os  químicos ( mesmo quimioterapia) e cirurgias localizadas para tratar eficazmente o câncer, pois fosse assim, no ocidente, não morreria mais da metade daqueles diagnosticados com tumor.

Sabendo-se que o câncer não é uma doença única, mas somatório de disfunções orgânicas, cirurgias só provocam mais debilidade, seja pela perda de sangue ou pela dosagem, pós-operatória, de anti-infecciosos que mais  prejudicam do que ajudam o sistema imunológico.

O melhor tratamento é aquele que promova; a alcalinidade do sangue, fazendo-o circular e diminua ou elimine o muco ( fleuma).

Quando o organismo está debilitado – situação do canceroso – é muito difícil processar e excretar glicose e proteínas  ( aliás, a quimioterapia serve, em boa dose, para promover essa tarefa) substâncias preferidas das células cancerígenas. A glicose, a proteína e o estado anímico-espiritual são causas de acidez  (ph baixo) no sangue e urina.

Observe-se, por exemplo, que pessoas que consomem em demasia carboidratos ( açúcar industrializado e farinha branca) alimento de origem animal e com estilo de vida estressante (movimentos) e dificuldade lidar com conflitos,  são as que têm mais acidez no sangue e urina ( PH  igual ou menor 5 – escala de 0 a 14).

Isso não significa que todas as pessoas nessa situação tenham câncer, mas todas aquelas diagnosticadas com câncer vivem nessa situação.  

Assim, as mudanças do padrão alimentar ( eliminar dos hábitos os alimentos causadores de acidez), decidir e buscar o que ainda espera da vida ( pois se nada espera, não mais vale a pena viver) romper com estilos causadores de tensão e assumir, abertamente, os conflitos da vida, desintoxicando ( física e espiritualmente) o organismo, vão fazer a cura do câncer ( qualquer câncer).

Não há milagre e os que esperarem por isto, talvez não o consigam.

É o modesto entendimento,

Caxias do Sul, 06 de outubro de  2015

 

Mestre Shen

Sinaten 01895